A conjuntivite é uma doença ocular comum no Brasil, que ocorre em razão de um processo inflamatório na membrana fina e transparente que reveste a esclera (parte branca do olho), chamada de conjuntiva. Os sintomas geralmente envolvem irritação, coceira, secreção, lacrimejamento excessivo e vermelhidão, podendo afetar apenas um olho ou os dois.
Embora seja bastante conhecida, essa doença ainda deixa dúvidas a respeito de suas diferentes causas, as quais podem ser em razão de alergias, infecções ou agentes tóxicos.
Conjuntivite infecciosa
Esse tipo se divide em três principais formas de infecção:
A viral, causada por vírus, como os adenovírus, é o tipo mais comum. Ela é altamente contagiosa e pode ser associada a sintomas de resfriado ou demais infecções virais.
O tipo bacteriano, decorrente de bactérias, como o Staphylococcus aureus ou Streptococcus pneumoniae, pode se manifestar através de secreção purulenta e, frequentemente, afeta um olho inicialmente e se espalha para o outro.
Já a forma fúngica, ocorre quando há lesões causadas por objeto ou lentes de contatos em más condições. Apesar de não ser como de se desenvolver, essa conjuntivite não costuma ser fácil de tratar, podendo causar sequelas permanentes na visão.
Conjuntivite alérgica
Essa manifestação é a mais comum, pois é desencadeada pelo contato com alérgenos, como pólen, ácaros, pelos de animais, poeira. Pode estar associada a outros sintomas alérgicos, como espirros e coriza. Por isso, tem maior incidência em pessoas predispostas a alergias, com casos de rinite ou bronquite, por exemplo.
Vale lembrar que este tipo de conjuntivite não é transmissível, mesmo que possa começar em um olho e depois se apresentar no outro. Sua ocorrência pode ser sazonal, reforçada pela estação do ano.
Conjuntivite tóxica
Esse tipo de conjuntivite resulta da exposição a substâncias irritantes, como produtos químicos, fumaça, inseticida, sprays ou cloro. Apesar de não ser contagiosa, caso não receba o devido tratamento, pode causar consequências graves a visão. Dentre todas as manifestações, esse é o tipo mais perigoso. Por isso, apesar dos casos de conjuntivite tóxica serem raros, nunca devem ser negligenciados pelo paciente.
Tem tratamento?
O tratamento varia de acordo com o tipo de conjuntivite, pois depende da causa subjacente. Em casos de conjuntivite viral ou bacteriana, é importante seguir as orientações médicas para evitar a propagação da infecção. Se você suspeitar de conjuntivite, é recomendável procurar orientação de um profissional de saúde para um diagnóstico adequado e tratamento.
Você sabia que a prevenção começa com a higienização correta das mãos?
A falta do hábito de lavar as mãos antes de ingerir algum alimento ou tocar em partes do rosto, como nariz e boca, é um fator determinante para a disseminação de conjuntivite. Isso porque um dos principais fatores de risco é a contaminação por microrganismos ou agentes alérgenos e tóxicos.